quarta-feira, 22 de maio de 2013

Coluna do Thiago Gomes: mérito ao rei do ritmo, Jackson do Pandeiro


A obra do cantor e compositor paraibano Jackson do Pandeiro, ‘O Rei do Rítmo’, ganhou destaque especial no ‘Jornal do Globo’

 Na coluna do jornalista Nelson Motta, músico que nasceu na cidade de Alagoa Grande (107 km de João Pessoa), foi chamado de ‘Garrincha’ da música. 

 De acordo com Nelson Motta, passando 30 anos de Jackson, o cantor ainda continua sendo cultuado pelo seu estilo ‘originalíssimo’ que estabeleceu na música novos padrões de suíngue e divisão rítmica. 

 “Como diz Alceu Valença. Na música do Nordeste, Luiz Gonzaga é o Pelé, e Jackson do Pandeiro é o Garrincha”, lembrou o comunicador. 
Paraibano de Alagoa Grande, Jackson nasceu em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho. Ele era filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão, que lhe deu o seu primeiro instrumento: o pandeiro.
Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry.[2] A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.
Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Albuquerque,[1] com quem se casou em 1956, vivendo com ela até 1967. Depois de doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele se casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.
No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana" e "Um a Um". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baiãococo,samba-cocorojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir amúsica, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. [3] Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmerasgravadoras.

[EDITAR]
MORTE

Durante excursão empreendida pelo país, Jackson do Pandeiro que era diabético desde os anos 60, morreu aos 62 anos, no dia 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília, em decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral. Ele tinha participado de um show na cidade uma semana antes e no dia seguinte passou mal no aeroporto antes de embarcar para o Rio de Janeiro. Ele ficou internado na Casa de Saúde Santa Lúcia. Foi enterrado em 11 de julho de 1982 no Cemitério do Cajú na cidade do Rio de Janeiro com a presença de músicos e compositores populares, sem a presença de nenhum medalhão da MPB. Hoje seus restos mortais se encontram na sua terra natal (Alagoa Grande) localizado não no cemitério local, mais sim em um memorial preparado em sua homenagem pelo povo alagoagrandense.
Cquote1.svgCostumo sempre dizer que o Gonzagão é o Pelé da música e o Jackson, o Garrincha.

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