terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Um assunto sério

Lixo
Eis um tema que nem sempre merece a devida atenção de síndicos, funcionários e condôminos: o lixo gerado pelo condomínio. Afinal, pensam os mais desavisados, basta colocar tudo na calçada que a Prefeitura recolhe. Mas, são necessários alguns cuidados com o lixo, a começar pelo seu acondiciona-mento.
O lixo comum deve ser separado de materiais perfuro-cortantes (como vidros e metais), que podem causar ferimentos nos funcionários da coleta. Caixas de papelão e grandes quanti-dades de papel e jornal não devem ser ensacadas, isso para facilitar o recolhimento pelos catadores de papelão. 
Também é preciso atentar para o armazenamento no prédio. Se a coleta não é realizada todos os dias, o lixo deve ficar dentro de sacos de plástico resistente, em local fechado e ao abrigo de sol e chuva. Quanto à colocação do lixo na rua, o condomínio deve dispor de carrinhos apropriados para o transporte dos sacos. E se o prédio pretende colocar lixeira na calçada, deve solicitar autorização da Administração Regional do seu bairro, por se tratar de uso e ocupação do solo. Uma lixeira nunca pode obstruir o acesso a entradas e saídas de edificações e nem diminuir a faixa livre da calçada, atrapalhando o tráfego de pedestres.
O horário da colocação do lixo, na rua, deve ser observado. É permitido colocar o lixo fora até 2 horas antes da passagem do caminhão. Se a rua for atendida por coleta noturna, o condomínio pode dispor do lixo a partir das 18:00h. Em dias em que não há coleta, o lixo não pode ser disposto na calçada. A coleta do lixo é municipalizada e, portanto, responsabilidade da prefeitura de sua cidade.
Quem coloca lixo na rua, fora do horário estabelecido, está sujeito à multa de 2 UFM (R$ 91,60). Vale lembrar outras infrações que também acarretam multa do mesmo valor: lançar água servida na rua ou varrer o lixo da calçada diante do seu prédio para a sarjeta.


RIO DE JANEIRO - O acúmulo de lixo em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, provocado pela falta de coleta regular nos últimos três meses, agravou os estragos causados pelo temporal da última quinta-feira, 3. No município, uma pessoa morreu, mil estão desalojadas (temporariamente fora de suas casas) e 276, desabrigadas (tiveram as casas destruídas). A força das águas destruiu 45 casas e outras 200 foram danificadas, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira pela Defesa Civil do Estado.
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Prefeito diz que lixo ajudou a dificultar a vazão das águas dos rios - Marcos de Paula/AE
Marcos de Paula/AE
Prefeito diz que lixo ajudou a dificultar a vazão das águas dos rios
Segundo o prefeito Alexandre Cardoso (PSB), recém-empossado, a administração anterior, de José Camilo Zito dos Santos (PP), deixou 50 toneladas de lixo acumuladas. Dez toneladas foram retiradas nos dois primeiros dias do ano, mas as 40 restantes, com a força das chuvas da madrugada de quinta-feira, 3, se misturaram à lama e ao entulho que desceu dos morros e das casas destruídas, o que dificultou ainda mais a vazão das águas dos rios.
O lixo, segundo Cardoso, prejudicou a dragagem, especialmente do rio Capivari, que inundou e causou grandes danos no distrito de Xerém. "Todo o sistema de drenagem está assoreado, pois entrou lixo nas galerias", afirmou o prefeito. A previsão da prefeitura é de que em 48horas todo o entulho seja retirado das ruas e "em no máximo cinco dias" toda a cidade esteja sem lama, para recomeçar o trabalho de drenagem. "O que aconteceu foi um alerta, poderíamos ter tido muito mais mortes."O acúmulo de lixo também preocupa moradores e autoridades em função das doenças relacionadas à chuva. Agentes de saúde percorreram as casas orientando os moradores sobre as doenças. Nos postos de saúde e abrigos, a prefeitura distribuiu vacinas contra o tétano e difteria e produtos contra a proliferação de ratos, em alerta para um possível surto de leptospirose.

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